No fim de semana, enquanto
caminhava pelo centro de São Paulo ao som de Alabama Shakes, vi o sol entre as
folhas de uma árvore. Senti o vento bagunçando meu cabelo. Parei de andar por
alguns instantes. Contemplei o cenário de sol e cimento, observando os prédios
antigos que tanto gosto. Senti o conforto do chinelo, parceiro de tantas voltas
pelo bairro #euamoomeubairro. Olhei para meus pés, eles estavam estáticos enquanto carros
passavam e pessoas cruzavam comigo, seguindo seus próprios roteiros.
Eu não
tinha um roteiro...
Eu estava livre!
Enquanto sentia o sol nos meus
ombros, eu me senti viva. Tão viva quanto me senti enquanto dançava na chuva lá na
Pedra do Sal, no Rio de Janeiro. Tão viva quanto me senti no final de semana
anterior, enquanto descia a serra para praia, com os vidros abertos, sentindo o
vento no rosto e cantando loucamente.
Eu estava ali, parada, me sentindo
extremamente viva.
Eu abri meus braços e respirei
fundo por alguns instantes.
Eu estava ali por completo, de corpo e de alma.
Eu,
simples e completamente, estava ali.
Eu senti minha alma leve, livre dos diálogos e dos dilemas.
Eu tive uma epifania.
Eu me senti por inteiro.
Eu estava livre!
E eu estava contemplando tanto essa sensação que até esqueci de tirar foto, então fica a da Pedra do Sal :)
Abraços
Renata Forné Bernardino
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