terça-feira, 7 de abril de 2015

O primeiro fim de semana nos 30 m² de pura felicidade

É incrível como o tempo passa rápido. A sensação que tenho é que me mudei há dois meses, mas, na verdade, dia 20 de abril completarão 10 meses de “eu amo a minha casa”, “eu amo o meu bairro”. Passei um longo período sem atualizar o blog, período em que vivenciei uma introspecção muito intensa e mais refleti do que escrevi, mas, agora estou de volta ;)
Prestes a completar um ano morando sozinha sigo reafirmando que essa é uma vivencia que TODO MUNDO deve ter na vida, pois é quando você vive sozinho que realmente entra em contato com a sua essência. Nesse tempo você nota uma série de manias que nem você sabia que tinha, passa a respeitar mais a individualidade do outro e exige que valorizem a sua, aliás, você realmente se encontra como indivíduo único no universo e espalha isso em todos os cômodos da casa [eu, inclusive, escrevo nas paredes dos meus 30m² de pura felicidade]. Vou falar sobre essas, e outas, descobertas com mais carinho posteriormente.
Muitas situações me marcaram nesse tempo. Os primeiros momentos de cada vivência foram únicos, por isso também vou falar depois, pois cada um merece ser narrado de modo especial. A primeira faxina, por exemplo, fiz logo após terminar de colocar tudo no lugar, lembro-me de pensar “nossa, sou melhor nisso do que imaginava” e, de verdade, eu curto pacas limpar a minha casa, mas voltemos ao que interessa: o primeiro fim de semana nos meus 30m² de pura felicidade. Dia 20 de junho pulei da cama às 7h, tomei o último banho na casa da minha mãe e fui embora com o carro mega lotado com o resto da mudança.
Enquanto esperava a entrega e montagem dos móveis comecei a fazer um stencil na cabeceira na cama, que foi entregue enquanto eu pintava. Nesse tempo também começaram a montar os móveis do quarto e o armário da cozinha. Tudo acontecendo junto e misturado. Comi um sanduba para enganar a fome e comecei a colocar as roupas no armário, nisso a Cris chegou. Logo depois chegaram o Ivan e o Will, que levaram um vinho e um resto de bolo para me darem boas-vindas. Tomamos o vinho e apreciamos a vista da minha gigantesca varanda. Foi quando tirei a primeira foto da vista do meu apartamento e filosofamos sobre o roots, o empirismo e os tipos de ressaca. Como era uma sexta-feira, CLARO, que a gente foi pra rua.

Cheguei, Bela Vista \o/

Primeiro rolê morando à três quadras da Rua Augusta <3. Pra variar, fomos ao Roxo, boteco com banda ao vivo, sinuca e cerveja com preço honesto. Curtimos e cada um foi pra sua casa na hora que bateu o sono. Lembro-me de chegar em casa levemente alcoolizada e pensar “puta merda, não coloquei lençol na cama”. Foi quando descobri que tenho um lado mais careta do que eu pensava, pois eram mais de 4h da manhã quando eu comecei a tirar o plástico do colchão, para poder passar a primeira noite na minha casa com a cama arrumada.
Acordei algumas vezes pensando “meu, eu estou mesmo aqui”, estava encantada. Levantei bem cedo, 8h, o que é de madruga para mim em um sábado. A Net foi instalada, o zelador fez os furos para eu pendurar as cortinas, coloquei tudo no lugar e fiz a primeira faxina. Nesse dia curti a primeira soneca vespertina no meu cafofo ~ah~ que delícia dormir de tarde sem ninguém fazendo barulho em casa! Levantei e encontrei a Cris. Fomos dançar na DJ Club, balada que eu amava, mas que quase não ia mais por ser longe de casa. Naquele dia fui a pé e a frase da noite foi: sabe como eu vou pro rolê??? A pé!!!!! Voltar para casa sem se preocupar com condução ou gastar com taxi foi maravilhoso. Nessa noite também acordei maravilhada algumas vezes pensando “meu, eu estou na MINHA casinha”.
Domingo, dia nacional da preguiça, era uma linda tarde de começo de inverno e de vida nova. Passarinhos cantavam na árvore em frente à minha janela. Resolvi explorar o bairro.,peguei meus fones de ouvido e saí andando. Peregrinei até a hora de voltar para preparar o primeiro jantar para os meus pais. A reação deles ao entrarem em casa foi estranha. Minha mãe ainda não lidava bem com a situação e, hoje, eu compreendo melhor o quanto foi difícil pra ela eu ir morar sozinha. Meu pai, por outro lado, parecia mais tranquilo, mas fiscalizou as tomadas da casa para ver se eram seguras hahaha.


Depois de tantos primeiros momentos eu só penso o quanto isso tudo ainda consegue me encantar apesar das dificuldades e, acredite, pagar as contas não é o mais difícil quando você está administrando toda a sua vida sozinho. Além de cuidar do lar e pagar tudo em dia, você precisa, principalmente, cuidar do seu bem estar físico e emocional, e essa é a parte mais gratificante.
Abraços
Renata Forné Bernardino

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