Todo blog costuma ter um texto de
apresentação e eu vou seguir a tradição, mas antes de falar do meu cantinho
virtual, vou falar um pouco de mim, afinal, vou postar aqui textos referentes ao
meu cotidiano. Meu nome é Renata, sou jornalista e, atualmente, estou com 30
anos. Escrever é uma coisa tão natural em mim que não consigo me imaginar fazendo
outra coisa, adoro pegar meu caderninho e impregnar ele com palavras sobre
sentimentos. Relatar emoções e histórias é algo que me traz um prazer
imensurável, então estou aproveitando um momento de muitas vivências para
criar esse blog.
A ideia de criá-lo surgiu há mais
ou menos duas semanas, quando finalmente estava adaptada com a rotina de morar
sozinha. Normalmente as moças saem da casa dos pais para casar, mas eu não
estava à espera de um príncipe encantado que me buscasse em seu cavalo branco
para um “felizes para sempre”, acredito em pessoas reais, com qualidades e defeitos reais, mas o intuito, nesse momento, não é falar sobre como encaro
relacionamentos.
Há muito eu sonhava em ter o meu
cantinho, mas ele tinha que ser meu, só meu, e dos meus bichanos [tenho dois
gatos que para minha felicidade se adaptaram muito bem na casinha nova]. Meu
cantinho, minhas regras (ou falta delas). Morar sozinha não é como comprar uma cerveja
no boteco vê a que tá mais gelada, desde que não seja Bavária, então fiz
um planejamento e guardava meu suado dinheirinho. Meu objetivo, a princípio,
era comprar um apartamento, de preferência com dois quartos para que eu pudesse
montar um home office legal, pois tenho o privilégio de trabalhar em casa alguns
dias no mês. No começo do ano iniciei um enxoval para a tão sonhada casa nova: paninhos
e xícaras para cappuccino [as quais ainda não usei], entre outras coisinhas de
cozinha.
Como costumo dizer “a vida é para
quem não tem preguiça” isso podia virar frase do biscoito da sorte, comecei
a procurar apartamentos e tudo estava absurdamente caro, principalmente onde eu
sonhava em morar, no centro de São Paulo. Nesse percurso apareceram duas ótimas
opções na Freguesia do Ó, bairro onde trabalho e morava com meus pais. O preço
era muito atrativo, mas a vida de jornalista não registrada dificultou muito as
coisas na hora de pedir um financiamento. O sonho da “casa própria” parecia
cada vez mais distante e a necessidade de ter o meu espaço só crescia, pois meu
mundo não cabia mais no meu antigo quarto.
Muitas coisas aconteceram [coisas
que não vem ao caso detalhar] e eu cheguei à conclusão que era hora de voar, lembrei-me
daquele ditado: se a vida te dá um limão, espreme, coloca açúcar e faz uma
limonada. Já que comprar era algo inviável no momento, bora alugar! Eu apenas
precisava dar esse primeiro passo. Conversei com amigas muito queridas e comecei a analisar
possibilidades [Cris, Dani, Renata e Rosana, vocês foram umas lindas nesse processo todo. Sempre serei grata por toda ajuda, palavra e acolhida]. Já que que ia alugar, decidi me dar o direito de viver onde
sempre sonhei. Não sei bem o motivo, mas esse lugar sempre mexeu comigo, eu
simplesmente TINHA que vir pra cá. Decidi que ia alugar um apartamento no
centro por um ano para ver como seria e, depois, vejo o que será.
Hoje fiz um almoço delícia para
celebrar um mês de casa nova e surgiu o assunto do blog. Achei que não teria
melhor ocasião para colocá-lo no ar. O nome veio da união de duas das minhas
fontes de inspiração. Os cinco minutinhos para apreciar o aroma e o sabor do café
são indispensáveis na minha rotina, e eles sempre rendem ideias. Já a
madrugada, bom, é a hora que mais gosto de escrever, o misto de silêncio e
mistério sempre me encantou e desperta boas inspirações.
Em com café na madrugada irei contar como foi a minha trajetória em vir morar sozinha e as vivências que estou adquirindo em toda essa fase encantadoramente
real. Na coluna “30 m² de pura felicidade” você irá ler os textos em que conto
a minha história, escrevo sobre o lado legal, o difícil e os meus aprendizados
nesse processo. Na coluna “tudo é uma troca” irei contar a história de pessoas
que também moram sozinhas, além disso, dicas, receitas e todas as experiências
que merecem ser trocadas. E, como não
poderia ser diferente, também irei escrever sobre sentimentos na coluna “falar
de sentimento é fácil, o duro é pagar as contas”.
Bem-vindo ao meu cantinho
virtual. Até o texto da semana que vem.
Abraços
Renata Forné Bernardino